"Os dois governos (México e EUA) estão indo bem. O diálogo é menos beligerante do que a gente pensava. Temos uma chance real de chegar a um acordo", disse Videgaray em palestra no Council on Foreign Relations, um "think tank" com sede em Nova York.
"Mas, se o Nafta terminar (...) não é o fim do mundo e, certamente, não é o fim do comércio entre México e Estados Unidos", assegurou.
Os Estados Unidos são o maior sócio comercial do México e destino de 80% de suas exportações.
O chanceler mexicano explicou que mais da metade do comércio com o vizinho do norte é regida por normas da Organização Mundial do Comércio (OMC), e não pelo Nafta.
"As pessoas estão começando a se dar conta de que pode haver vida após o Nafta e a entender melhor o funcionamento do comércio bilateral, o que está estimulando a confiança empresarial e os preços de ativos", disse Videgaray, que está em Nova York para assistir à Assembleia Geral da ONU.
Ele reconheceu, porém, que há incerteza e que isso está afetando alguns investimentos.
"Temos de admitir que existe certa incerteza. E alguns tipos de investimento, em particular, talvez não estejam chegando, porque os investidores e as empresas precisam de garantias sobre as regras do jogo e sobre as regras do comércio", afirmou.
A renegociação do Nafta, acordo em vigor desde 1994, foi promovida pelo presidente Donald Trump para tratar do "pior tratado já firmado pelos Estados Unidos" - em suas palavras.
A terceira rodada de renegociação começa neste sábado (23/9) em Ottawa, Canadá.