Istambul, Turquia - Vinte e uma pessoas morreram nesta sexta-feira (22/9) e ao menos sete estavam desaparecidas após o naufrágio de um barco que transportava migrantes no Mar Negro, anunciou a guarda costeira turca.
As equipes de resgate conseguiram salvar 40 migrantes, mas continuavam procurando entre sete e nove pessoas, segundo um comunicado da guarda costeira.
Uma mulher grávida, levada ao hospital, perdeu o filho, apesar da intervenção dos socorristas, informou a agência de notícias pró-governo Anadolu.
O naufrágio ocorreu a 64 milhas náuticas da cidade de Kefken, no noroeste da Turquia.
A maioria dos cerca de 70 passageiros que estavam a bordo da embarcação era de iraquianos, explicou à agência de notícias Dogan Mehmet ;nal o governador de Kandira, onde os feridos foram atendidos.
O barco tinha zarpado na altura de Zonguldak, ao leste de Kefken, e se dirigia para a Romênia, informou Dogan.
Na semana passada, as autoridades romenas resgataram 150 migrantes que se dirigiam para seu país, que vê um aumento no número de chegadas procedentes da Turquia.
A Romênia, que havia permanecido à margem dos fluxos migratórios até o momento, teme que o Mar Negro se torne um itinerário alternativo à passagem pelo Mediterrâneo para os imigrantes que tentam chegar à Europa.
Cerca de 570 migrantes foram interceptados pelas autoridades romenas por esta via marítima no último mês, quando em 2015 chegaram alguns poucos.
Este trajeto permite aos clandestinos evitar a Grécia, onde os migrantes correm o risco de ser expulsos para a Turquia, em virtude de um controverso acordo fechado em março de 2016 entre a União Europeia e Ancara.
A Turquia acolhe mais de três milhões de refugiados, a maioria sírios e iraquianos.
Segundo cifras difundidas pela Anadolu, 834 migrantes e 10 traficantes foram detidos no Mar Negro em sete incidentes ocorridos entre 13 de agosto e 9 de setembro.