Em seu discurso, o secretário-geral da ONU enumerou várias das ameaças que identifica como as mais graves para a estabilidade mundial. Nesse sentido, também mencionou a continuidade das violações sistemáticas dos direitos humanos, mencionando explicitamente Mianmar.
Guterres pediu urgência para deter nesse país as violentas ações militares contra integrantes da comunidade muçulmana dos rohingyas, o que provocou uma fuga em massa para Bangladesh. Também se referiu à "ameaça global do terrorismo", que continua cobrando um saldo "de morte e devastação".
Guterres pediu "uma cooperação internacional mais forte, especialmente para dar atenção às raízes da radicalização, incluindo injustiças reais ou percebidas como tais".
O chefe da ONU alertou igualmente contra o impacto da que a desigualdade econômica tem na estabilidade global. De acordo com Guterres, "a exclusão tem um preço: frustração, alienação e instabilidade". A mudança climática, acrescentou, também "coloca as esperanças em risco". Por isso, pediu aos "governos que implementem o histórico Acordo de Paris".