Temer destacou que também "é uma questão humanitária". "O Brasil tem feito o possível para ajudar humanitariamente, acabamos mandando remédios, medicamentos para a Venezuela", mas também há "a questão política, que cabe ao povo venezuelano".
Temer contou que Santos manifestou durante o jantar sua preocupação com os refugiados venezuelanos, dos quais o Brasil já recebeu mais de 30 mil nos últimos anos. Panamá e Colômbia também abrigam milhares de refugiados da Venezuela.
Carlos Varela informou que durante a reunião ficou acertado "coordenar ações para garantir que se respeite a vontade do povo da Venezuela e que em 2018 haja eleições democráticas (...) visando a paz social que todos queremos".
Os países participantes do jantar integram o Grupo de Lima, formado por 12 nações latino-americanas que, em agosto, condenaram a quebra da ordem democrática na Venezuela e se negam a reconhecer a Assembleia Constituinte, impulsionada pelo governo Maduro.
Após violentos protestos contra Maduro, que deixaram cerca de 125 mortos entre abril e julho passados, governo e oposição iniciaram há alguns dias contatos na República Dominicana para estabelecer as bases de uma negociação.