O governo regional presidido pelo separatista Carles Puigdemont convocou um referendo de autodeterminação e pretende seguir com seu plano, apesar da proibição do Tribunal Constitucional e da recusa do governo central de Mariano Rajoy. O MP apresentou ações contra Puigdemont e seu governo, com acusações de supostos delitos de desobediência, prevaricação e desvio de fundos públicos. Em caso de condenação, a última acusação, por exemplo, pode provocar uma pena de até oito anos de prisão.
Também exigiu o fechamento do site informativo do referendo e determinou aos meios de comunicação que não divulguem publicidade institucional. A ordem deixa em situação delicada os Mossos d;Esquadra, obrigados a cumprir as determinações do MP, mas politicamente subordinados ao governo regional contra o qual devem atuar.
A reunião contou com a presença do comissário-chefe dos Mossos d;Esquadra, Josep Lluís Trapero. Ele é considerado um herói na região desde a atuação de seus agentes após os atentados na região nos dias 17 e 18 de agosto, os quais deixaram 16 mortos.
"Os Mossos devem servir aos cidadãos, a todos, não a alguns poucos", declarou ao canal TVE o ministro espanhol da Justiça, Rafael Catalá. Em entrevista à rádio Rac1, Puigdemont pediu que deixem os Mossos d;Esquadra "tranquilos". "Eles têm como função principal garantir a segurança da população (...) Sua prioridade é esta. A Polícia não tem que fazer política", afirmou, sem revelar se dará ordens contrárias.