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Macron enfrenta primeiro teste com manifestações contra reforma trabalhista

Em um discurso na sexta-feira, ele reiterou sua "determinação absoluta" e advertiu que não cederá nada aos "preguiçosos, cínicos ou extremistas"


Palavras que podem ser usadas contra o presidente. "Imbecis, cínicos, preguiçosos... Todos às ruas", respondeu imediatamente no Twitter o líder da esquerda radical Jean-Luc Mélenchon, que se tornou o principal opositor a Macron. Para Bruno Cautr;s, do centro de estudos políticos Cevipof, Emmanuel Macron "está jogando lenha na fogueira" e pode agravar o cenário.

Primeiro grande desafio de seu mandato, a reforma trabalhista de Macron pretende reforçar o papel negociador das empresas sobre as condições de trabalho e limitar as indenizações por demissão sem justa causa.Para impor as mudanças, Macron optou pelo método acelerado de decretos, com o objetivo de evitar um longo processo de debate legislativo.

Os cinco decretos serão apresentados ao Parlamento para sua aprovação até o fim de 2017. A Câmara dos Deputados, onde Macron tem ampla maioria, não pode apresentar emendas a seu conteúdo: pode apenas aprovar ou rejeitar o texto.

A meta de Macron é dar mais flexibilidade às empresas para estimular as contratações e frear o desemprego, que afeta 9,5% da população ativa na França, contra a média de 7,8% na Europa.