Um trem ucraniano no qual viajava o ex-presidente georgiano Mikhail Saakashvili foi bloqueado neste domingo na estação de Przemysl, sudeste da Polônia, perto da fronteira com a Ucrânia, a pedido da polícia deste país.
De acordo com um comunicado da polícia ucraniana, lido em polonês e ucraniano, "o trem não sairá da estação enquanto pessoas sem direito a entrar na Ucrânia permanecerem a bordo".
Saakashvili, que se recusou a sair do trem, não foi citado diretamente no comunicado.
"Tomar todo um trem como refém é ridículo", declarou à imprensa.
Os assessores de Saakashvili entraram em contato com as autoridades polonesas para denunciar que a polícia da Ucrânia não tem o direito de intervir na Polônia, um país da União Europeia (UE).
[SAIBAMAIS]
O ex-presidente georgiano, hoje apátrida, tentava neste domingo entrar na Ucrânia para recuperar a nacionalidade ucraniana, que o presidente Petro Poroshenko retirou.
Também é objeto de uma demanda de extradição enviada por Tblisi a Kiev.
Saakashvili recebeu o apoio da ex-primeira-ministra ucraniana Yulia Timoshenko, que viajou a a Rzeszow (sudeste da Polônia).
"Viemos para defender Mikhail, mas também viemos defender a Ucrânia", disse Timoshenko, comparando a situação atual da Ucrânia a da época do presidente pró-Rússia Victor Yanukovich.
Saakashvili viaja ao lado da mulher e do filho de 11 anos.