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Mossul comemora festa do Sacrifício sem o EI pela primeira vez desde 2014

Além do típico sacrifício de gado, comum em todos os países muçulmanos, alguns cidadãos de Mossul voltaram a fazer bolos que antes não podiam, devido à extrema pobreza na qual viveram durante a ocupação do EI


O pesquisador Omar al Haiali disse à Agência EFE que os cidadãos manifestaram sua alegria comprando roupas típicas, bem como os ingredientes dos bolos chamados de Al Calija, que levam farinha, gergelim, nozes e cardamomo.

Os habitantes da cidade, a terceira maior do Iraque, também foram às mesquitas para a oração matutina do primeiro dia de festa e voltaram a visitar os cemitérios para homenagear seus mortos, algo que o EI também havia proibido desde que dominou a região, em julho de 2014.

Nos mercados como o de Nabi Yunes, Al Muzana e Al Zohur, lotados de clientes, havia uma intensa presença das forças de segurança, cujos soldados revistavam os transeuntes e proibiam a entrada de veículos.

O comandante das operações militares da região, general Naym al Jaburi, disse à EFE que milhares de soldados das forças de segurança foram posicionados nas ruas de Mossul, parte deles à paisana, e permanecerão durante os quatro dias da festa para evitar possíveis ataques.