Hillary admite que escrever o livro não foi fácil. Ela comenta o seu fracasso na campanha presidencial e os motivos que, acredita, a levaram a perder, principalmente pela suposta interferência russa.
Os russos
O livro, anunciado em fevereiro pela editora Simon and Schuster, foi apresentado inicialmente como uma série de relatos sobre os episódios de sua vida, mas o tema mudou aparentemente no curso de sua redação para concentrar apenas na campanha.
Em maio passado, Hillary admitiu estar afetada pela derrota e atônita ante as imagens do maganata no Salão Oval da Casa Branca.
"Assumo totalmente minha responsabilidade. A candidata era eu", declarou na ocasião.
Ela reconhece que decepcionou milhões de americanos.
"Não consegui completar o trabalho. E terei que viver com isso pelo resto da minha vida".
Mas desde a derrota, a democrata se absteve de identificar com precisão os erros que cometeu. Preferiu apontar a campanha de desinformação e pirataria atribuídas à Rússia.
Segundo ela e muitos de seus assessores, as mensagens internas publicadas pelo site WikiLeaks e a reabertura do FBI da investigação sobre seus e-mails inclinaram, em parte, os indeciso a favor de Trump.
Em junho chegou, inclusive, a insinuar que os russos coordenaram sua interferência com o magnata.