"Seria conveniente, além disso, prever vistos temporários especiais para as pessoas que fogem dos conflitos para os países vizinhos", sugere o papa. "As expulsões coletivas e arbitrárias de migrantes e refugiados não são uma solução adequada, sobretudo, quando acontecem para países que não possam garantir o respeito à dignidade, nem aos direitos fundamentais", completa.
No texto, o papa não se refere a qualquer país, ou região, em particular. "Em nome da dignidade fundamental de cada pessoa, é necessário se esforçar para dar soluções que sejam alternativas à detenção dos que entram no território nacional sem estarem autorizados", afirma.
Francisco lembra que, desde o início de seu pontificado, pronunciou-se sobre esse fenômeno, como em sua visita à ilha italiana de Lampedusa. Ele cita o Evangelho de São Mateus, segundo o qual "cada forasteiro que bate à nossa porta é uma ocasião de encontro com Jesus Cristo, que se identifica com o estrangeiro acolhido, ou rejeitado, em qualquer época da história".