Sete dos mais de 13 milhões de usuários da operadora estatal venezuelana Movilnet ficaram sem serviço de telefonia móvel nesta quinta-feira (10/8) devido a supostos atos de sabotagem que o governo tachou de "terroristas". A informação é da EFE.
Em entrevista coletiva, o ministro de Educação Universitária, Ciência e Tecnologia, Hugbel Roa, denunciou que estas ações começaram na segunda-feira (7/8), quando um ataque cibernético ao servidor que administra a Comissão Nacional de Telecomunicações "interrompeu os funcionamento de sites de organismos públicos e empresas;.
Houve também "nove cortes na rede de fibra ótica" da empresa estatal de telecomunicações (CANTV), em vários estados e que afetaram a prestação de serviços em toda a Venezuela, segundo o ministro, que mostrou imagens dos cortes na rede de fibra ótica em vários pontos do país. De acordo com ele, esta sabotagem não tem precedentes na CANTV desde que a companhia foi nacionalizada pelo falecido presidente Hugo Chávez, em 2007.
As autoridades estão investigando o caso para estabelecer os responsáveis, e Roa afirma que os ataques foram efetuados em "colaboração com agentes estrangeiros" que têm a intenção de "iniciar uma nova escalada" de violência na Venezuela. A onda de protestos contra o governo de Nicolás Maduro já dura mais de quatro meses e deixou mais de 120 mortos.