Na consulta voluntária pelo Correio, as cédulas serão distribuídas em 12 de setembro e deverão ser devolvidas com uma resposta até 7 de novembro. Se a população for favorável à legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo, espera-se que a matéria seja debatida no plenário antes de 7 de dezembro, data na qual o Parlamento encerra suas sessões legislativas.
Os que se opõem ao referendo, entre eles os trabalhistas, os verdes e ativistas, consideram que um debate poderia acirrar a homofobia, por isso defendem que a legalização seja decidida no Parlamento. Pesquisa recente, encomendada por uma organização não governamental (ONG) australiana de defesa do casamento igualitário, mostra que 72% dos cidadãos do país apoiam a legalização, enquanto o setor conservador cristão é contrário ao projeto.
A Austrália, que permite a união civil em muitos de seus estados, recebeu críticas de várias organizações pela lentidão na legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo. Em dezembro de 2013, a Suprema Corte anulou uma legislação que permitia o casamento gay no Território da Capital Australiana, por considerar que a mesma viola a Lei Federal de Casamentos, de 1961. Além disso, propostas legislativas similares fracassaram no estado da Tasmânia e em Nova Gales do Sul, cuja capital é Sydney.