Jornal Correio Braziliense

Mundo

UE e ONU querem mais proteção para crianças vítimas da violência na América

O plano de dois anos é dirigido a crianças refugiadas, solicitantes de asilo, deslocados internos e deportados com necessidades de proteção

A União Europeia (UE) e o gabinete do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) anunciaram nesta quinta-feira um plano para proteger milhares de crianças atingidas pela violência nos países do Triângulo Norte da América Central.

[SAIBAMAIS]O projeto, que conta com uma contribuição de 2,3 milhões de dólares da UE, pretende melhorar "os mecanismos de assistência local, nacional e regional" em El Salvador, na Guatemala e em Honduras para os menores de idade que fogem dentro ou fora de seus países pela violência, detalharam ambos os organismos em comunicado.

O plano de dois anos é dirigido a crianças refugiadas, solicitantes de asilo, deslocados internos e deportados com necessidades de proteção.

Pretende apoiar 14.000 crianças e adolescentes em risco pela insegurança dos três países, a partir de programas mantidos pelo Acnur com outras entidades de assistência psicológica e abrigos.

Segundo o Acnur, no ano passado foram reportadas 91.900 novas solicitações de asilo na América Central, 67% a mais do que em 2015.

"Nos últimos anos contamos com o apoio da UE para auxiliar o nosso trabalho que tem como objetivo fortalecer os sistemas de asilo e de proteção, buscar soluções duradouras e dar assistência a mais de 10.000 meninos, meninas e adolescentes", assinalou o equatoriano José Samaniego, representante regional do Acnur, segundo o boletim.

O Acnur informou nesta quarta-feira que as solicitações de abrigo de salvadorenhos e hondurenhos que fogem principalmente da violência aumentam a cada ano na Guatemala, e entre 2014 e 2016 ultrapassaram centenas de pedidos anuais.

O Triângulo Norte da América Central enfrenta problemas de violência e homicídios provocados, sobretudo, pela operação de gangues e do tráfico.