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Procuradora-geral investiga crimes associados à Constituinte na Venezuela

Caso o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, cumpra a ameaça de afastá-la do cargo por meio da Constituinte, Ortega Díaz disse que vai recorrer aos tribunais internacionais


A procuradora-geral garantiu ter evidências de que 25% das 121 mortes ocorridas desde 1; de abril nos protestos contra o governo foram "produto da ação das forças de segurança". Segundo Ortega Díaz, 40% dessas mortes foram provocadas por civis armados que atuam contra os manifestantes. "Isso sem contar as inumeráveis denúncias por torturas, lesões, tratamento cruel, prisões arbitrárias, violações de residência e destruição de propriedade privada", afirmou.

A procuradora também considerou lamentável o fato de Maduro ter afirmado ontem que a primeira medida da Assembleia Nacional Constituinte deve ser "reestruturar o Ministério Público". "O presidente já está dando ordens à Constituinte", disse.

"Não é atacar a fome, não é atacar a escassez de medicamentos e alimentos. Não, isso não é prioridade. A prioridade é acabar com esse Ministério Público. A primeira coisa que essa Constituinte vai fazer é acabar com tudo aquilo que seja um obstáculo para o poder absoluto", denunciou Ortega Díaz. Para a procuradora, Maduro e seus aliados querem "governar sem moral" e sem o controle do Ministério Público e do Parlamento sobre os bens e o dinheiro público. "É por isso que querem minha saída", afirmou.