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Atentado em boate na fronteira com o Paraguai mata quatro brasileiros

Polícia Nacional do Paraguai acredita que o crime esteja relacionado com a briga de facções. Ao menos dois mortos seriam integrantes do PCC


Em entrevista a uma estação de rádio local, o promotor paraguaio Oscar Samuel Valdez afirmou que dois mortos eram integrantes do Primeiro Comando Capital (PCC). No entanto, as demais vítimas, duas jovens, uma de 18 e outra de 24 anos, estariam apenas participando da inauguração da boate.

De acordo com testemunhas, os atiradores portavam fuzis e metralhadoras e atiraram na entrada da boate. A cidade de Pedro Juan Caballero está separada de Ponta Porã por apenas uma rua. Algumas vítimas foram encaminhadas com ferimentos para o hospital da cidade brasileira.

PCC atua na fronteira


Reportagem publicada no domingo (23/7), pelo Correio, revela que o Primeiro Comando Capital (PCC) utiliza a fronteira com o Paraguai para escoar a droga comprada fora do território nacional. A droga, comprada principalmente na Bolívia, é trazida do Brasil e posteriormente enviada para grandes cidades brasileira e para o Hezbollah, no Líbano.

Por conta do tráfico, a região virou palco de guerra entre o PCC e o Comando Vermelho, que brigam por território e pelo comando do tráfico de drogas na fronteira. Cooptando militares do Exército do Paraguai e se aproveitando do baixo efetivo das forças de segurança do Brasil, as organizações criminosas ganham espaço na região.