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Emirados Árabes acusam Al-Jazeera de antissemitismo e incitação ao ódio

Em 30 de junho, o comissário da ONU para os direitos Humanos, Zeid Ra'ad Al Hussein, considerou "inaceitável" o pedido de fechamento da Al-Jazeera

Uma autoridade dos Emirados Árabes Unidos acusou a televisão do Catar Al-Jazeera, cujo fechamento é solicitado pela Arábia Saudita e seus aliados árabes, de antissemitismo e de incitamento ao ódio.

Em uma carta publicada nesta quarta-feira (12/7), o ministro de Estado das Relações Exteriores, Anwar Gargash, responde à ONU, que no final de junho queixou-se do pedido de fechamento da Al-Jazeera, considerado um ataque à liberdade de imprensa.

"Al-Jazeera tem promovido um antissemitismo violento espalhando a pregação do líder espiritual da Irmandade Muçulmana Yussef al-Qaradui na qual elogia Hitler, descreve o Holocausto como castigo divino e pede a Alá para acabar com o povo judeu e os sionistas", escreve Gargash.

A carta, datada de 9 de julho e divulgada nesta quarta-feira pelo Conselho Nacional de Mídia dos Emirados Árabes Unidos, também acusa Al-Jazeera de "incitar a violência e a discriminação", como, por exemplo, dando voz ao ex-chefe da Al-Qaeda Osama bin Laden.

Em 30 de junho, o comissário da ONU para os direitos Humanos, Zeid Ra;ad Al Hussein, considerou "inaceitável" o pedido de fechamento da Al-Jazeera. "A exigência de um fechamento (...) é, em nossa opinião, um ataque inaceitável ao direito à liberdade de expressão e de opinião", afirmou.

Este encerramento faz parte de uma lista de 13 exigências feitas pelos adversários do Catar - Arábia Saudita, Bahrein, Emirados Árabes Unidos e Egito - que romperam relações em 5 de junho com Doha.