Os Estados Unidos querem manter sua presença militar no Iraque, juntamente com a coalizão que reúne vários países, depois da derrota do grupo Estado Islâmico (EI), disse nesta terça-feira (11/7) um comandante do Exército americano.
O general Stephen Townsend explicou que o governo do Iraque expressou seu interesse de que o governo dos Estados Unidos e a coalizão permaneçam no país.
"Nosso governo também está interessado nisso. Vários governos da coalizão expressaram um interesse em se unir neste esforço", declarou Townsend, de Bagdá, durante uma videoconferência.
[SAIBAMAIS]Townsend acrescentou que as negociações entraram na fase final para tomar uma decisão.
"Eu anteciparia que haverá uma presença da coalizão aqui depois da derrota do ISIS", disse, usando o acrônimo do grupo EI.
Depois que o então presidente americano Barack Obama completou a retirada das tropas do Iraque em 2011, as forças de segurança iraquianas se enfraqueceram rapidamente sob o comando do primeiro-ministro Nouri Al-Maliki.
Quando o EI atacou, em 2014, os militares foram incapazes de se defender. Muitas unidades fugiram diante da falta de armamentos e veículos.
"Todos vimos o que aconteceu no final de 2011, quando os Estados Unidos e a coalizão saíram do Iraque na última vez, e viram como se desenrolaram os três anos intermediários. Não acredito que queiram repetir isto", afirmou Townsend.
As autoridades iraquianas comemoraram após declararem que as suas forças de segurança expulsaram o EI de seu antigo reduto de Mossul. Mas a celebração foi ofuscada pelo fato de que a luta continuará em outra parte.
"Ainda há redutos de resistência em Mossul, esconderijos e bombas que levarão semanas para serem limpos, assim como enclaves do ISIS em Hawijah e no oeste de Anbar", disse Townsend.
Atualmente há mais de 5.000 militares dos Estados Unidos no Iraque, muitos deles assessores dos serviços de segurança iraquianos.
Townsend declarou que espera que a presença militar seja menor no futuro e que as tropas fiquem nas bases americanas já existentes.