Pelo Twitter, o presidente francês, Emmanuel Macron, enviou de imediato uma mensagem de pêsames para a família. "Que seu exemplo possa inspirar nossos compatriotas, que encontrarão nele o melhor exemplo da França", tuitou. Em nota à AFP, o agora ex-presidente François Hollande também homenageou uma mulher que "encarnou a dignidade, o valor e a integridade". "A França perde uma mulher excepcional, uma grande testemunha e uma militante da memória da Shoa", afirmou o presidente do Conselho Representativo das Instituições Judaicas da França (Crif), Francis Kalifat.
Essa centrista histórica, membro do Conselho Constitucional de 1998 a 2007, entrou na política em 1974, momento em que ganha notoriedade ao promover a lei sobre a interrupção voluntária da gravidez, aprovada nesse mesmo ano e que levaria seu nome. De 1993 a 1995, Veil foi ministra de Estado, dos Assuntos Sociais, da Saúde e da Cidade, no governo de direita de Edouard Balladur, sob a presidência de François Mitterrand.
A mensagem de Simone Veil "permanece viva no que diz respeito ao direito e ao papel das mulheres na Europa e, igualmente, ao antissemitismo", disse à AFP o presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani, logo após o anúncio do falecimento. "Sua vida é um exemplo a ser seguido. Após o chanceler alemão Helmut Kohl (morto em 16 de junho), perdemos mais uma grande figura europeia", lamentou.
"Ela viveu na pele as tragédias da Europa e soube, por meio de seu engajamento político, contribuir para a construção de uma paz durável na Europa", reagiu, por sua vez, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, em carta a Emmanuel Macron