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China denuncia sanções dos EUA a banco chinês por vínculo com Pyongyang

Nos últimos meses, o Conselho de Segurança da ONU adotou uma série de sanções contra a Coreia do Norte por manter seu programa nuclear e balístico

A China criticou o governo americano, nesta sexta-feira (30/6), por impor sanções a um banco chinês, acusado por Washington de praticar atividades ilícitas com a Coreia do Norte.

"Aconselhamos a parte americana a pôr fim às equivocadas ações sobre essa questão para evitar qualquer impacto em outros âmbitos de cooperação", afirmou o porta-voz do Ministério chinês das Relações Exteriores, Lu Kang, em sua conversa diária com a imprensa.

Nos últimos meses, o Conselho de Segurança da ONU adotou uma série de sanções contra a Coreia do Norte por manter seu programa nuclear e balístico.

Pequim garante que "aplica totalmente" essas medidas, mas se opõe às sanções decididas de forma unilateral por outros países e que extrapolem o marco institucional das Nações Unidas.

"Destacamos, inúmeras vezes, nossa firme oposição a qualquer sanção unilateral", frisou Lu.

Na quinta-feira (29), os Estados Unidos anunciaram sanções financeiras contra o Banco de Dandong, contra dois indivíduos e contra uma companhia de transportes por seu suposto vínculo com a Coreia do Norte.

O Banco de Dandong é "considerado uma fonte de preocupação de primeira ordem para a lavagem de dinheiro", afirmou o secretário americano do Tesouro, Steven Mnuchin.

Os EUA acusam a instituição de ter facilitado transações em benefício de empresas envolvidas no desenvolvimento de mísseis balísticos.

Essas sanções parecem concretizar uma mudança de atitude dos Estados Unidos, sinalizada há cerca de dez dias em um tuíte do presidente Donald Trump.

"Aprecio muito os esforços do presidente Xi e da China por ajudar com a Coreia do Norte, mas não funcionou", escreveu Trump.