Em Maracay, capital de Aragua, persistiam os confrontos na noite desta segunda-feira. Dois jovens de 22 e 17 anos morreram na semana passada nas mãos de militares. "Estou na rua protestando contra o vil assassinato de nossos garotos", declarou à AFP Indira Gil, manifestante de 52 anos.
A maioria dos bloqueios em Caracas aconteceram com tranquilidade e inclusive alguns mataram o tempo com partidas de dominó ou futebol. No entanto, em vários pontos houve distúrbios depois que os militares e policiais dissolveram as concentrações com gases lacrimogêneos.
"Vamos continuar defendendo nossos direitos", disse à AFP Federico Mallorca, que jogava dominó em uma mesa de plástico em uma rua de Altamira. Alguns motoristas discutiam com manifestantes, muitos encapuzados, pedindo passagem. Outros apoiam o protesto, buzinando.
Os arredores da base aérea de La Carlota e a sede da estatal Pdvsa foram cenário de choques entre forças de segurança e manifestantes, que responderam às bombas de gás lacrimogêneo com pedras e coquetéis molotov.