O governo alemão pediu nesta segunda-feira (26/6) que os países reduzam ao mínimo a ajuda pública para resgatar bancos em risco de falência, poucas horas depois de a Itália anunciar uma injeção de milhares de milhões de euros para salvar duas entidades.
"No processo de falência, a intervenção com meios públicos deve ser a mínima possível", declarou Friederike von Tiesenhausen, porta-voz do Ministério das Finanças alemão que dirige o conservador Wolfgang Sch;uble.
Ele também recordou que um dos principais objetivos da nova regulamentação europeia sobre o assunto adotada após a crise financeira de 2008 era "proteger os contribuintes".
O governo italiano se comprometeu no domingo a financiar com até 17 bilhões de euros o resgate do Banca Popolare di Vicenza e do Veneto Banca, em particular assumindo seus créditos duvidosos.
"Para nós, é importante que os bancos que não são rentáveis saiam do mercado ao invés de mantê-los vivos artificialmente com recapitalizações preventivas", acrescentou o porta-voz.
Durante a crise financeira, a Alemanha não hesitou em contribuir com fundos públicos para resgatar seus bancos SachsenLB e IKB e em 2009 injetou 10 bilhões de euros para o Commerzbank em troca de uma participação no seu capital.