No entanto, os organizadores do evento se mostraram dispostos a celebrar o desfile previsto para o domingo e tacharam a proibição oficial de decisão "sem fundamento".
Os ativistas convocaram a marcha do Orgulho Gay às 17H00 (11H00 de Brasília) de domingo, mas o gabinete do governador de Istambul não permitiu a sua celebração.
"Não haverá a permissão para uma manifestação ou uma marcha nessa data levando em conta a segurança dos turistas na área e a ordem pública", disse em um comunicado.
As autoridades locais indicaram também que não receberam um pedido formal para realizar o desfile.
Lara Ozlen, do comitê organizador da marcha do Orgulho Gay, qualificou de "mentira" as palavras do gabinete do governador. "Conheciam a nossa intenção há muito tempo, já que apresentamos um pedido há semanas", assegurou à AFP.
A ONG Anistia Internacional (AI) acolheu a decisão das autoridades "com grande inquietação", de acordo com um comunicado, e pediu à Turquia que retirasse a proibição e respeitasse a liberdade de expressão e de reunião.
Em 2015 e 2016, as autoridades já proibiram as marchas do Orgulho Gay e os manifestantes que não respeitaram o veto foram dispersados com violência pelas forças de segurança.
Estas manifestações foram realizadas sem incidentes nos anos anteriores, com milhares de participantes que desfilavam para defender os direitos LGBT - lésbicas, gays, transexuais, bissexuais e intersexuais - em um dos maiores eventos deste tipo no Oriente Médio.