Segundo o Post, além da advertência feita por Obama diretamente a Putin em uma reunião na China, em setembro, o diretor da CIA John Brennan telefonou, em 4 de agosto, para seu colega no serviço de inteligência russo, Alexander Bortnikov, dando-lhe uma advertência. Em 31 de outubro, uma mensagem foi enviada para Moscou por um canal seguro para avisar que qualquer interferência na eleição de 8 de novembro seria inaceitável.
Mas Obama ficou receoso de reagir antes das eleições por medo de que a Rússia afetasse a votação e que essas ações fossem interpretadas politicamente pelos republicanos como manipulação da eleição. Só em 29 de dezembro Obama autorizou as sanções: a expulsão de 35 espiões russos, o fim das residências diplomáticas russas nos Estados Unidos e sanções econômicas contra os serviços secretos russos.
Em segredo, o presidente democrata também autorizou uma delicada operação conjunta entre CIA, NSA e o comando cibernético americano: a implantação de um código de malware na infraestrutura russa que poderia ser ativado no caso do aumento das tensões. Sendo o Post, não há nenhuma indicação de que esta ordem de Obama tenha sido cancelada por seu sucessor, Trump.