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Homem que atacou congressistas nos EUA tinha lista de legisladores

James Hodgkinson atirou contra líder republicano no último dia 14; político segue hospitalizado

O atirador que feriu quatro pessoas, entre elas, um deputado dos Estados Unidos, na semana passada, carregava uma lista de seis membros do Congresso e carregava munições, disseram os investigadores nesta quarta-feira (21/6).
Agentes do FBI também apontaram que o criminoso, James Hodgkinson, "não tinha ligações com o terrorismo" e atuou sozinho.

Hodgkinson foi abatido pela polícia durante o ataque, na quarta-feira passada, perto de Washington, onde os congressistas participavam de um treino de beisebol.

"Encontramos com o atirador um pedaço de papel que tinha os nomes de seis membros do Congresso", disse Andrew Vale, diretor-assistente do escritório do FBI em Washington.

"O papel não tinha uma contextualização. Contudo, analisando as buscas que o atirador fez na internet nos meses que antecederam o tiroteio, ele havia feito uma breve pesquisa sobre dois dos membros".

Hodgkinson, que era de Illinois, mas morava na Virgínia, fez o ataque munido de duas armas, um rifle SKS de 7,62mm e uma pistola 9mm, de acordo com o FBI.

As armas foram adquiridas legalmente, o rifle, em 2003, e o revólver, em novembro passado.

No comunicado, o FBI confirmou que Hodgkinson havia publicado diversas mensagens nas redes sociais "defendendo pontos de vista anti-republicanos", mas não fez nenhuma ameaça ou referência aos legisladores ou ao treino de beisebol.

Hodgkinson abriu fogo num campo de beisebol em Alexandria, Virgínia, em 14 de junho, ferindo o membro da liderança da Câmara Steve Scalise, um policial do Capitólio, um assessor do Congresso e um lobista, antes que a polícia o abatesse.

Scalise, que foi alvejado no quadril e sofreu graves ferimentos internos, segue hospitalizado.