O homem, "profissionalmente integrado", "nunca havia demonstrado a seus familiares qualquer sinal de radicalização", declarou o procurador durante uma entrevista coletiva.
"Nunca condenado, desconhecido dos serviços especializados e sem qualquer contato estabelecido, até agora, com indivíduos presentes na zona" da Síria e do Iraque, Farid I apresenta "o perfil de um principiante, o que, não obstante, os serviços de luta contra o terrorismo temem tanto quanto os perfis mais aguerridos", ressaltou.
A procuradoria, que abriu um processo judicial principalmente por "tentativa de assassinato contra uma pessoa da autoridade pública em relação com uma empresa terrorista", solicitou que ele fosse preso preventivamente.
Em seu computador foram encontrados "documentos de propaganda jihadista" e imagens do atentado de Londres e vídeos que "glorificavam" os de Paris e Bruxelas, informou François Molins.
O exame de seu computador e de quatro dispositivos de memória USB permitiram descobrir um "manual de ação de lobos solitários" editado pela organização radical Estado Islâmico (EI), acrescentou. Esses arquivos teriam sido gravados até "janeiro de 2017".
Em um dos dispositivos também foram encontradas fotografias de Mohamed Merah, que matou sete pessoas em Toulouse e Montauban (sul da França) em 2012, explicou o procurador de Paris.
Molins falou de "um processo de radicalização extremamente rápido pela internet".