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Primeiro-ministro de Malta joga o futuro em eleições antecipadas

Os resultados da votação serão divulgados no domingo (4)


A campanha foi marcada pelas revelações de fraude fiscal em grande escala do caso ;Panama Papers;, milhares de documentos comprometedores vazados para a imprensa e procedentes do escritório de advocacia panamenho Mossack Fonseca.

Malta foi acusada de ser um paraíso fiscal para algumas empresas europeias.

A mulher do primeiro-ministro, Michelle Muscat, foi acusada de ter uma conta no Panamá para receber subornos do Azerbaijão em troca da autorização a um banco deste país da Ásia Central para instalar-se em Malta.

"A maior mentira da história política de Malta", reagiu Muscat, que prometeu renunciar caso as acusações sejam confirmadas, após uma investigação que ele mesmo solicitou.

Joseph Muscat, um ex-jornalista de 43 anos, chegou ao poder em 2013 com um programa de centro-esquerda, encerrando 15 anos de governo do Partido Conservador.

Entre suas conquistas estão a aprovação do casamento entre pessoas do mesmo sexo e uma economia em pleno ;boom;.

O vencedor da eleição legislativa será acompanhado com interesse pelas instituições internacionais, pois o sistema financeiro de Malta é acusado de servir de refúgio fiscal a empresas russas, líbias e, inclusive, europeias.