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ONG denuncia 2.977 detenções desde o início de protestos na Venezuela

As manifestações, que exigem eleições gerais e a saída do presidente, deixaram 60 mortos e mais de mil feridos

Caracas, Venezuela - Desde o início dos protestos contra o presidente Nicolás Maduro em 1; de abril, 2.977 pessoas foram detidas, das quais 197 por ordem de tribunais militares, denunciou nesta terça-feira a ONG Foro Penal Venezuelano.

Ao menos 1.351 pessoas permanecem presas, indicou numa coletiva de imprensa Alfredo Romero, diretor da ONG, indicando que entre os detidos há 316 mulheres e 196 menores de idade.

Alonso Medina, advogado da organização de direitos humanos, assegurou que 355 civis foram julgados por tribunais militares, e 197 deles foram enviados para a prisão.
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"A estrutura de justiça militar está subordinada ao Executivo, o que viola os princípios fundamentais do direito. É uma situação típica de regimes ditatoriais", disse.

As manifestações, que exigem eleições gerais e a saída do presidente, deixaram 60 mortos e mais de mil feridos, de acordo com a Procuradoria.

Foro Penal contabiliza 69 mortos, mas inclui as vítimas de acidentes com barricadas bloqueando estradas e em saques. A ONG atribui 49 mortes diretamente ligadas aos protestos.

A oposição promete uma "escalada" em suas mobilizações.

O governo e a oposição se responsabilizam pela violência nas manifestações. Maduro acusa os seus adversários de "atos de terrorismo" para dar um golpe de Estado, enquanto estes o culpam por uma "brutal repressão".