Jornal Correio Braziliense

Mundo

Estado Islâmico executa 19 civis no leste da Síria

Há dois dias, o grupo extremista cometeu um violento atentado no centro do país que matou mais de 50 pessoas, metade milicianos pró-regime

O grupo extremista Estado Islâmico (EI) executou 19 civis, incluindo duas crianças, em uma localidade da província síria de Deir Ezzor, leste do país, controlada pelas forças antijihadistas, informou neste sábado uma ONG.

"Os combatentes do EI entraram na localidade de Jazirat al-Bouchams na sexta-feira à noite, reuniram 19 civis, incluindo duas mulheres e dois menores de idade, e os executaram com tiros na cabeça. Depois atearam fogo aos cadáveres", afirmou à AFP Rami Abdel Rahman, diretor da ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

[SAIBAMAIS]"Alguns foram reunidos na rua antes do assassinato, outros foram executados em suas casas", afirmou o diretor do OSDH, que tem uma grande rede de fontes no país em guerra.

Antes de abandonar o povo, os jihadistas também sequestraram três membros das Forças Democráticas Sírias (FDS), a aliança entre árabes e curdos que luta contra o EI na Síria com o apoio dos Estados Unidos.

Situada na província de Deir Ezzor, controlada em grande parte pelo EI, Jazrat al-Bouchams foi tomada pelas FDS este ano, quando a aliança entrou pela primeira vez nesta região petroleira.

Além disso, a localidade fica perto da província vizinha de Raqa (norte), que também é controlada em grande parte pelo EI.

Em novembro de 2016, as FDS iniciaram uma grande ofensiva para tomar a cidade de Raqa, capital da província de mesmo nome e considerada a capital de fato do EI na Síria.

O EI, perseguido em toda Síria, sobretudo pelas FDS, não perdeu a capacidade de executar ataques.

Há dois dias, o grupo extremista cometeu um violento atentado no centro do país que matou mais de 50 pessoas, metade milicianos pró-regime.

Na sexta-feira, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Jim Mattis, afirmou que o governo de Donald Trump ordenou uma "campanha de aniquilação" de extremistas no Iraque e na Síria.