Havana, Cuba - As Farc e o ELN seguirão comprometidos com os processos de paz em um próximo governo na Colômbia, apesar da convocação à "guerra da extrema-direita" e de o segundo grupo rebelde ter descartado um acordo antes das eleições de 2018.
As maiores guerrilhas da Colômbia, em processo de desarmamento e de negociação, respectivamente, ratificaram sua vontade de terminar com o conflito de mais de meio século após uma reunião incomum de dois dias em Cuba.
"Buscaremos que o presente esforço pela solução política comprometa as diferentes forças que participam do debate para as eleições de 2018", afirmaram em um comunicado conjunto.
Rodrigo Londoño, conhecido como Timochenko e chefe máximo das Farc, e Nicolás Rodríguez (Gabino), líder do ELN, acrescentaram que tentarão "evitar que os chamados à guerra que a extrema-direita lança não façam este impulso ser revertido".
As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) assinaram a paz com o governo de Juan Manuel Santos em novembro após quatro anos de negociações em Havana, enquanto o Exército de Libertação Nacional iniciou negociações com o mesmo objetivo.
Os diálogos com o segundo grupo, realizados desde fevereiro em Quito, são cumpridos em meio ao fogo.
Embora tenha ratificado a vontade do ELN de selar a paz após mais de meio século de confronto com o Estado, Rodríguez afirmou que, em seus cálculos, o acordo não poderá ser assinado antes das eleições de maio do próximo ano.