Paris, França - O candidato conservador à presidência da França, François Fillon, reagiu de forma irritada às novas revelações segundo as quais sua esposa teria se beneficiado de um emprego público quatro anos antes do que ele afirmou.
"Não vou dizer uma palavra a mais sobre este tema", afirmou candidato do Partido Os Republicanos (LR, direita), que disputa as eleições de 23 de abril e 7 de maio. "Não vou alimentar esta série de calúnias com essas revelações sucessivas, cuidadosamente destiladas pelos serviços do Estado que remontam a 36 anos, a dez dias das eleições", afirmou, em entrevista à France 2.
O jornal digital Mediapart afirmou que Penelope Fillon recebeu desde 1982 um salário para realizar missões pontuais para seu marido, que então era deputado na Assembleia Nacional, ou seja, quatro anos antes do que havia sido afirmado. Fillon, que há alguns meses era o grande favorito para suceder o socialista François Fillon, foi acusado em março por desvio de fundos públicos no caso dos empregos fictícios que beneficiaram sua esposa.
Fillon foi também primeiro-ministro do ex-presidente Nicolas Sarkozy (2007-2012). É igualmente investigado por luxuosos presentes que recebeu, como um elegante terno no valor de 13.000 euros.