As forças dos Estados Unidos, que bombardearam na quinta-feira à noite a Síria em resposta ao ataque químico atribuído ao regime de Bashar al-Assad, dispõem de potentes recursos militares ao redor da Síria .
O comando das forças americanas no Oriente Médio tem pelo menos 35.000 soldados, segundo o Centro de Estudos Heritage.
Navios lança-mísseis
Washington conta com os navios da VI Frota, baseada no porto italiano de Nápoles, que têm capacidade de lançar mísseis Tomahawk contra alvos terrestres situados a mais de 1.000 quilômetros.
Os destróieres "USS Porter" e "USS Ross", ambos equipados com mísseis de cruzeiro, estão na parte oriental do Mediterrâneo, segundo uma fonte da Marinha americana.
Em setembro de 2014, os navios americanos lançaram 47 mísseis Tomahawk durante a primeira noite dos bombardeios de Washington contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) na Síria.
O navio de guerra anfíbio "USS Mesa Verde" também esta nesta região do Mediterrâneo. Os navios da V Flota, com base no Bahrein, reforçam a presença americana no Oriente Médio, Golfo e Mar Vermelho. O porta-aviões "USS George H. W. Bush" está atualmente no Golfo para apoiar as operações contra o EI.
Bases aéreas
Os Estados Unidos usam várias bases aéreas no Oriente Médio. A mais próxima da Síria é a de Incirlik, no sul da Turquia, a pouco mais de 100 quilômetros da fronteira. As forças americanas também usam bases na Jordânia, Kuwait, Catar e Emirados Árabes Unidos.
Washington enviou para a região o melhor de sua frota aérea, como os aviões de combate F-15, F-16 e F-22, aviões de reabastecimento, os aviões radares Awacs ou os bombardeiros estratégicos B-52. O caça F-22 Raptor estreou justamente na Síria em setembro de 2014. A aeronave, avaliada em estratosféricos 360 milhões de dólares, é muito difícil de ser detectada e tem a capacidade de voar a uma velocidade superior a Mach 2, assim como de lançar bombas guiadas por laser a 25 quilômetros do alvo.
Os drones Reaper e Predator atravessam sem pausa os céus da Síria e do Iraque para monitorar a situação ou atacar posições com mísseis Hellfire.
Conselheiros militares
Washington enviou quase 900 conselheiros militares, soldados das forças especiais e de artilharia, no nordeste da Síria. A aliança curdo-árabe usa canhões dos marines em sua ofensiva contra Raqa, a capital de fato do EI na Síria. Ao mesmo tempo, preparou uma pista de pouso em Kobane, perto da fronteira com a Turquia, para os aviões de carga C-17, que têm capacidade de transportar veículos blindados.
Washington mantém no Iraque, país de fronteira com a Síria, mais de 5.000 soldados para tarefas de treinamento, conselho ou assistência às autoridades locais. Pontualmente também usa canhões e helicópteros de ataque Apache para apoiar as tropas iraquianas.