O primeiro-ministro chinês Li Keqiang afirmou nesta quarta-feira (15/3) que está otimista a respeito das relações com os Estados Unidos, mas com uma advertência sobre o risco de guerra comercial após a eleição do presidente Donald Trump.
"Ao longo das últimas décadas, as relações entre China e Estados Unidos avançaram, apesar dos altos e baixos. Sou otimista sobre o futuro desta relação, independente do eleito nos Estados Unidos", afirmou Li durante a entrevista coletiva ao final da sessão anual do Parlamento chinês.
Donald Trump atacou de modo veemente a China durante a campanha eleitoral, com a ameaça de impor taxas de importação elevadas aos produtos do país, o que seria uma forma de punição pelo "roubo" de empregos americanos.
"Não queremos ver o início de uma guerra comercial entre os dois países", disse Li Keqiang, que mencionou um relatório segundo o qual um conflito deste tipo afetaria em primeiro luga as empresas com capital estrangeiro instaladas na China, e em especial as empresas com capital americano.
Donald Trump deixou o governo de Pequim estupefato quando, pouco depois de sua eleição, cogitou restabelecer os contatos oficiais com as autoridades de Taiwan, considerada pela China como uma de suas províncias.
Mas os dois países aproximaram suas posições desde uma conversa telefônica entre Trump e o presidente chinês Xi Jinping no mês passado.
Agora a questão é organizar uma reunião entre os dois chefes de Estado, o que deve acontecer, de acordo com a imprensa, em abril na residência de Donald Trump de Mar-a-Lago, Flórida.
O encontro deve ser abordado pelo secretário de Estado americano Rex Tillerson durante sua visita a Pequim no fim de semana.