O terceiro ciclo de conversações de paz na Síria teve início nesta terça-feira em Astana, capital do Cazaquistão, sem a presença das forças rebeldes, que justificaram a ausência com a acusação de que o governo sírio não respeita os acordos de cessar-fogo.
As conversações de Astana têm a mediação da Rússia e do Irã, aliados do governo sírio, e da Turquia, que apoia as forças rebeldes.
O chefe da delegação do governo, Bashar al-Jaafari, criticou a decisão dos rebeldes de boicotar as conversações, mas disse que sua ausência não impede avanços.
"Estamos dispostos a garantir o êxito de Astana (...) com ou sem a participação das facções armadas", disse Al-Jaafari.
"Sua ausência em Astana demonstra a indecência de sua política", completou Al-Jaafari, citado pela agência estatal síria SANA.
Um porta-voz dos rebeldes, Osama Abu Zeid, afirmou na segunda-feira que o boicote foi motivado sobretudo por "promessas não cumpridas relacionadas ao fim das hostilidades" na Síria.
O enviado especial da ONU, Staffan de Mistura, disse esperar que a reunião de Astana aborde a luta antiterrorista e a troca de prisioneiros e pessoas sequestradas.
De Mistura convidou o governo sírio e os grupos de oposição para uma quinta rodada de negociações com mediação da ONU em Genebra em 23 de março.