Cerca de 600 personas, entre elas muitos indígenas, se manifestaram nesta sexta-feira em frente à Casa Branca para protestar contra a construção do polêmico oleoduto Keystone XL em Dakota do Norte, um projeto reativado pelo presidente Donald Trump.
Ao ritmo de tambores, os manifestantes dispostos em círculo coreavam "A água é vida", palavras extraídas de cantos tribais para marcar sua oposição ao Dakota Acces Pipeline, cujo traçado é rejeitado pela tribo sioux de Standing Rock.
Seus integrantes consideram que o oleoduto passaria por lugares sagrados e ameaçaria suas fontes de água potável.
"O governo não respeita nosso direito público de acesso à água potável", declarou à AFP Sarah Jumping Eagle, médica de 44 anos, da tribo Ogala Lakota.
Ela chegou a Washington na noite de quinta-feira junto com outros membros da sua comunidade, depois de um longo percurso a partir de Dakota del Norte.
Os indígenas e ativistas acamparam durante quase um ano na rota do oleoduto, impedindo a construção desta instalação que cruzará quatro estados do norte dos Estados Unidos e que terá quase 1.900 km de extensão.
O presidente Donald Trump firmou no final de janeiro um decreto que reabriu a possibilidade de construção do oleoduto, que seu predecessor, Barack Obama, proibiu em 2015 como medida para combater o aquecimento global.
O porta-voz do secretário americano de Estado, Rex Tillerson, ex-presidente da gigante do petróleo ExxonMobil, anunciou na quinta-feira que não participará da decisão do departamento de Estado sobre o oleoduto.