Vinte civis e seis rebeldes morreram nesta sexta-feira no Iêmen em um bombardeio da coalizão árabe que alcançou um mercado da cidade portuária de Khoukha, na costa do Mar Vermelho, segundo fontes militares e médicas.
A aviação da coalizão liderada pela Arábia Saudita quis atacar um posto de controle dos rebeldes na entrada sul de Khoukha, mas eles fugiram rapidamente para um mercado, onde o bombardeio deixou 26 mortos, 20 deles civis, informou um responsável militar leal ao governo. O balanço foi confirmado por uma fonte médica.
O ataque ocorreu na entrada do mercado de qat, uma erva com propriedades psicostimulantes de grande consumo no Iêmen, segundo o responsável militar.
Ele acusou os rebeldes xiitas huthis, que controlam Khoukha, de usar civis como "escudos humanos".
A emissora dos rebeldes Al-Masirah informou do bombardeio e afirmou que haviam 27 mortos e dezenas de feridos.
Não foi possível obter uma reação da coalizão árabe que, desde o início da intervenção em março de 2015, já foi acusada em várias ocasiões de provocar vítimas civis com seus bombardeios.
A coalizão dirigida por Riad atua em apoio ao governo iemenita do presidente Abdrabbuh Mansur Hadi, por meio de uma campanha de bombardeio contra os rebeldes que tomaram grandes extensões de território, incluindo a capital do país, Sanaa.