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Tomada de pontes no Brasil gera complicações para cidade da Bolívia

Desde a quarta-feira (1/3), situação piorou por causa do fechamento da segunda ponte internacional que liga Cobija, capital do departamento amazônico de Pando, com cidades do Estado brasileiro do Acre

Agência Estado
postado em 02/03/2017 15:50
Os alimentos e o combustível começaram a escassear em uma cidade boliviana fronteiriça com o Brasil por causa de um bloqueio de uma ponte internacional que já leva dez dias, segundo autoridades. Desde a quarta-feira (1/3), a situação piorou por causa do fechamento da segunda ponte internacional que liga Cobija, capital do departamento (Estado) amazônico de Pando, com cidades do Estado brasileiro do Acre, disse o governador Luis Adolfo Flores.

Cerca de 30 brasileiros mantêm fechadas as duas pontes, uma forma de protesto pela prisão de brasileiros supostamente vinculados com o sequestro do filho de um político boliviano. "As autoridades do Brasil não estão solucionando este problema. Oitenta por cento dos alimentos e do combustível consumidos em Cobija vêm do Brasil, mas também o comércio brasileiro é afetado", disse o governador de Pando à agência Associated Press

Na véspera, a chancelaria da Bolívia convocou o encarregado de negócios do Brasil para demonstrar sua preocupação com o caso. "Não podemos fazer outra coisa a não ser apesar para autoridades do Brasil", disse o chanceler Fernando Huanacuni.

A embaixada do Brasil em La Paz não quis comentar o assunto, ao ser questionada.

Flores disse que pediu à chancelaria que atue para permitir o comércio com regiões vizinhas do Peru para abastecer Cobija, que possui cerca de 70 mil habitantes e sofre com a insegurança por causa de quadrilhas que atuam dos dois lados da fronteira.

Um caudaloso rio separa Cobija, 610 quilômetros ao norte de La Paz, das cidades vizinhas brasileiras de Brasileia e Epitaciolândia. A conexão com outras cidades bolivianas é precária, por causa do mau estado das pistas em época de chuva na região, como ocorre atualmente.

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