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Tomada de pontes no Brasil gera complicações para cidade da Bolívia

Desde a quarta-feira (1/3), situação piorou por causa do fechamento da segunda ponte internacional que liga Cobija, capital do departamento amazônico de Pando, com cidades do Estado brasileiro do Acre

Os alimentos e o combustível começaram a escassear em uma cidade boliviana fronteiriça com o Brasil por causa de um bloqueio de uma ponte internacional que já leva dez dias, segundo autoridades. Desde a quarta-feira (1/3), a situação piorou por causa do fechamento da segunda ponte internacional que liga Cobija, capital do departamento (Estado) amazônico de Pando, com cidades do Estado brasileiro do Acre, disse o governador Luis Adolfo Flores.

Cerca de 30 brasileiros mantêm fechadas as duas pontes, uma forma de protesto pela prisão de brasileiros supostamente vinculados com o sequestro do filho de um político boliviano. "As autoridades do Brasil não estão solucionando este problema. Oitenta por cento dos alimentos e do combustível consumidos em Cobija vêm do Brasil, mas também o comércio brasileiro é afetado", disse o governador de Pando à agência Associated Press

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Na véspera, a chancelaria da Bolívia convocou o encarregado de negócios do Brasil para demonstrar sua preocupação com o caso. "Não podemos fazer outra coisa a não ser apesar para autoridades do Brasil", disse o chanceler Fernando Huanacuni.

A embaixada do Brasil em La Paz não quis comentar o assunto, ao ser questionada.

Flores disse que pediu à chancelaria que atue para permitir o comércio com regiões vizinhas do Peru para abastecer Cobija, que possui cerca de 70 mil habitantes e sofre com a insegurança por causa de quadrilhas que atuam dos dois lados da fronteira.

Um caudaloso rio separa Cobija, 610 quilômetros ao norte de La Paz, das cidades vizinhas brasileiras de Brasileia e Epitaciolândia. A conexão com outras cidades bolivianas é precária, por causa do mau estado das pistas em época de chuva na região, como ocorre atualmente.