Dois proeminentes congressistas republicanos afirmaram nesta quinta-feira (2/3) que o Secretário de Justiça, Jeff Sessions, deve se afastar do cargo durante a investigação sobre possíveis conversas que teve com autoridades russas durante a campanha presidencial em 2016, quando trabalhou como conselheiro do então candidato Donald Trump.
Líder da maioria no Senado, o senador Kevin McCarthy afirmou a uma rede de televisão dos EUA que seria mais fácil se ele se afastasse.
"Não tenho todas as informações comigo, não quer prejulgar, mas acredito que para uma investigação seguir, temos todos que confiar nela", disse.
Já o presidente da Câmara dos Deputados, deputado Paul Ryan, expressou estar confiante de que Sessions iria se afastar caso fosse sujeito a um investigação sobre a interferência russa durante as eleições. "Tenho certeza de que ele o faria. Mas caso ele não seja (investigado), não vejo nenhum propósito nisto", disse.
Hoje, Sessions negou as alegações de que teve conversas políticas com representantes do governo russo. "Não encontrei nenhum russo em nenhum momento para discutir a campanha política Estas afirmações são falsas e inacreditáveis", disse.
Questionado sobre um possível afastamento, o secretário afirmou que, "caso seja apropriado, eu certamente me afastarei".
Pessoas com conhecimento das investigações afirmam que autoridades norte-americanas examinaram os contatos entre Sessions e autoridades russas durante a corrida presidencial. Ainda não se sabe o resultado dessas investigações ou se elas ainda estão ocorrendo, mas o alvoroço já levou congressistas democratas a pedirem a renúncia do secretario da Justiça. Em janeiro, ele afirmou sob juramento no Senado que não havia conversado com autoridades russas durante a campanha.