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Damasco exige condenação do terrorismo por parte da ONU e da oposição

Neste sábado, vários suicidas mataram pelo menos 42 pessoas, entre elas o chefe da Inteligência militar, em um ataque contra os quartéis-generais dos serviços de segurança da cidade síria de Homs.

Genebra, Suíça -O representante do governo de Damasco nas negociações sobre a Síria em Genebra exigiu, neste sábado (25), que a ONU e a delegação da oposição publiquem uma declaração condenando o terrorismo, depois de um sangrento atentado contra os serviços de Inteligência sírios em Homs.

"Pedimos a Staffan de Mistura [enviado da ONU] que faça uma declaração para condenar os ataques de Homs. Exigimos a mesma declaração por parte de todos os participantes no processo de Genebra (oposição)", declarou o chefe da delegação do governo Bashar al-Jaafari, repetindo que "a prioridade em Genebra era discutir o terrorismo".

"Se uma das partes se recusar a condenar o terrorismo, quer dizer que é cúmplice", afirmou, após a reunião com Mistura.

"O que aconteceu hoje ofusca as negociações de Genebra", acrescentou, insistindo em que não se tratou "apenas de um ataque militar terrorista, é também um ataque político".

Neste sábado, vários suicidas mataram pelo menos 42 pessoas, entre elas o chefe da Inteligência militar, em um ataque contra os quartéis-generais dos serviços de segurança da cidade síria de Homs.

O antigo braço da Al-Qaeda na Síria, Fateh al-Sham, assumiu a autoria desses atentados cometidos no momento em que a ONU tenta retomar, em Genebra, difíceis negociações de paz entre o governo e a oposição.