A líder da extrema-direita francesa, Marine Le Pen, negou nesta sexta-feira ter admitido que contratou seu guarda-costas como assistente parlamentar em mais um caso de emprego público fictício, contradizendo assim o um relatório do organismo europeu antifraude OLAF, revelado pela imprensa.
"É uma mentira vergonhosa, nunca admiti isso ante os investigadores", afirmou a candidata às presidenciais de abril, em um entrevista a uma rádio.
Segundo o relatório, a eurodeputada teria admitido seu guarda-costas Thierry Légier como assistente parlamentar para "regularizar salários".
"Tenho todas as provas que apresentarei quando necessário, e que já transmiti à OLAF", afirmou.
Em um outro caso, a Eucâmara decidiu reter em fevereiro parte do salário de Marine Le Pen, que se nega a pagar o total que uma outra de suas assistentes, Catherine Griset, receberia.
O Parlamento Europeu considera que o salário de Griset, contratada como assistente parlamentar da presidente da ultradireitista Frente Nacional, entre 2010 e 2016, não era justificado, já que só trabalhava para o partido e não para o parlamento.
O advogado de Le Pen, Marcel Ceccaldi, disse em um comunicado que apresentou uma denúncia contra a OLAF.