Sete policiais de Hong Kong foram declarados culpados nesta terça-feira de agressão a um manifestante pró-democracia em 2014, um incidente que foi registrado em vídeo e cujas imagens deram a volta ao mundo.
Os sete acusados foram considerados culpados por ferir Ken Tsang, um militante do Partido Cívico. O tribunal, no entanto, absolveu os policiais da acusação mais grave, de agressões e ferimentos voluntários.
As imagens da agressão, que aconteceu perto da sede do governo da ex-colônia britânica, foram registradas pela televisão local e mostram os policiais à paisana arrastando um manifestante algemado para uma área remota de um parque, onde a vítima foi agredida.
Dezenas de milhares de manifestantes participaram na grande mobilização de 2014 para exigir um verdadeiro sufrágio universal para designar o chefe do Executivo em março de 2017.
A polícia foi criticada por ter atuado com violência durante os 79 dias de mobilização, que paralisaram bairros inteiros de Hong Kong.
"Todo policial tem o dever de impedir que um crime seja cometido, inclusive por outros oficiais de polícia", afirma o tribunal em um comunicado.
A vítima sofreu ferimentos no rosto, pescoço e outras partes do corpo.
Os policiais culpados podem ser sentenciados a penas de até três anos de prisão.