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Justiça argentina tenta provar que Cristina Kirchner encobriu iranianos

A ex-presidente, que governou entre 2007 e 2015, argumenta que a denúncia é um caso de perseguição política por sua atual oposição ao governo de Mauricio Macri

A Justiça argentina decidiu nesta quarta-feira (1;/2) buscar evidências de que a ex-presidente Cristina Kirchner tentou encobrir ex-políticos iranianos acusados do ataque em 1994 contra o centro judaico AMIA, indicaram fontes judiciais.

O juiz federal Ariel Lijo delegou ao procurador federal Gerardo Pollicita a busca por provas de que a assinatura do tratado entre a Argentina e o Irã em 2013 para criar uma comissão internacional de investigação do ataque, que fez 85 mortos e 300 feridos, foi uma manobra para encobrir os culpados.
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A acusação original contra Kirchner foi lançada em janeiro de 2016 pelo primeiro promotor do caso AMIA, Alberto Nisman, que, no entanto, foi encontrado morto quatro dias depois no banheiro de seu apartamento com um tiro na têmpora. O tiro foi disparado com uma pistola que Nisman havia emprestado a um colaborador em um caso que ainda não foi esclarecido.

A ex-presidente, que governou entre 2007 e 2015, argumenta que a denúncia é um caso de perseguição política por sua atual oposição ao governo de Mauricio Macri e que, mesmo se houvesse crime, nunca o cometeu porque o tratado não entrou em vigor.

O memorando de entendimento argentino-iraniano recebeu o apoio do Congresso, incluindo de legisladores que agora apoiam o governo de Macri. Mas Teerã não chegou a validá-lo e a comissão internacional nunca foi formada.

A defesa de Kirchner sustenta que não houve encobrimento, uma vez que seguem em vigor os alertas da Interpol contra os iranianos em questão.