El Aissami, um advogado de 42 anos que se apresenta como um "chavista radical", pode agora expropriar bens, transferir o orçamento de ministérios e nomear vice-ministros, dentro de suas 15 novas atribuições.
"É dever do Executivo garantir a velocidade, eficiência e eficácia da administração pública", diz o decreto que formaliza a decisão, publicado no Diário Oficial.
O vice-presidente também irá "emitir decretos de expropriação ou aquisição compulsória, após instrução prévia" de Maduro; "aprovar, deferir ou negar" itens do orçamento de ministros; assinar aposentadorias, ou exonerar de impostos determinados setores.
"São atribuições que poderá tirar vantagem midiaticamente. Isso significa que o estão preparando para uma possível candidatura presidencial", indicou à AFP a cientista política Francine Jácome.
A figura do vice-presidente é fundamental no contexto da crise venezuelana porque, se for revogado por referendo, Maduro seria substituído por ele durante o governo interino restante.
El Aissami "é um homem de absoluta confiança do presidente Maduro e também o era do (falecido) presidente Hugo Chávez", ressaltou à AFP Juan Barreto, ex-prefeito chavista de Caracas.
No cargo há um mês, El Aissami é um dos mais poderosos do chavismo e, ao mesmo tempo, alvo de ataques da oposição por acusações de ligações com o narcotráfico, o que ele nega.