O Parlamento israelense adiou nesta terça-feira (31/1) até o início da próxima semana a votação de uma controversa lei que permitiria a Israel se apropriar de centenas de hectares de terras palestinas na Cisjordânia ocupada, informou seu site.
Os legisladores começaram a examinar na segunda-feira (30/1) em segunda e terceira leituras um texto que havia sido aprovado em primeira leitura em dezembro.
A oposição de esquerda conseguiu que os debates no plenário se prolonguem até a próxima segunda-feira, informou a Kneset em seu site. Assim, a lei deve ser votada no máximo na noite de 6 a 7 de fevereiro.
Apresentada por um grupo de pressão pró-colonização, esta legislação permitiria declarar como terras israelenses terrenos privados palestinos nos quais os colonos tenham construído sem autorização, seja porque ignoravam que se tratava de uma propriedade privada ou porque o Estado deixou que agissem.
Os proprietários palestinos seriam compensados financeiramente ou com outros terrenos.
O texto permitiria a Israel legalizar, em termos de direitos israelenses, quase 4.000 casas israelenses construídas em colônias, reconhecidas pelas autoridades ou não, ou seja, as chamadas colônias selvagens, segundo a ONG anti-colonização A Paz Agora. Serão expropriados no mínimo 800 hectares de terras palestinas, segundo a mesma fonte.
Esta legalização alarma os defensores da causa palestina e a comunidade internacional. A Organização para a Libertação da Palestina (OLP) a encara como "uma declaração de guerra".
Todas as colônias israelenses são ilegais, segundo o direito internacional. Uma grande parte da comunidade internacional as encara como um grande obstáculo para alcançar a paz entre israelenses e palestinos.