O chefe de inteligência da Argentina, Gustavo Arribas, negou nesta quarta-feira (25/1) ter recebido em 2013 transferências na ordem de 600.000 dólares de um operador financeiro da Odebrecht, condenado no Brasil no âmbito da operação ;Lava Jato;.
"A única transferência que reconheço são os 70.500 dólares" pela venda de um apartamento em São Paulo, ratificou Arribas em declarações à imprensa na saída dos tribunais de Buenos Aires, após se apresentar para depor antes de ser citado.
O chefe da Inteligência, homem de confiança e amigo do presidente Mauricio Macri, se apresentou aos tribunais depois que na segunda-feira um procurador o imputou e abriu uma ação para investigar as supostas transferências denunciadas.
"Vim me colocar à disposição da justiça. Todos esses fatos serão esclarecidos na justiça. Fornecerei tudo o que for necessário para que este tema acabe", afirmou.
Na terça-feira, após ser imputado pelo procurador Federico Delgado, Arribas se defendeu das acusações do caso Odebrecht em um comunicado: "Nego veementemente qualquer relação com a Lava Jato".