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Trump assume Casa Branca sem nenhum nome de secretário aprovado pelo Senado

Demora pode atrapalhar planos do republicano em encampar promessas de campanha

Os rumores são de que haveria um acordo costurado com o senador Schuck Schumer, líder da minoria, para a aprovação dos nomes menos controversos, como o de Elaine Chao, indicada para a Secretaria de Transportes. A lentidão do processo se reflete na decisão de Trump de manter temporariamente 50 funcionários do alto escalão de Obama para ;garantir a continuidade do governo;, nas palavras do porta-voz do presidente eleito, Sean Spicer.

O Senado dificilmente rejeita nomeações para o gabinete, especialmente quando o partido do presidente mantém a maioria do Senado. A casa conta com 100 cadeiras, 52 delas ocupadas por republicanos. Como, em caso de empate, seria o vice-presidente eleito o responsável por tomar uma decisão final, Trump teria de ser traído por três correligionários para que o nome fosse barrado.

A posse presidencial sem um gabinete minimamente estruturado é algo incomum na história recente da Casa Branca. O democrata Barack Obama, por exemplo, tinha sete secretários aprovados pelo Senado antes de assumir o cargo oficialmente, em 2009 ; o mesmo número do republicano George W. Bush, oito anos antes. O mais próximo da marca de Trump pôde ser visto na gestão de Bill Clinton, que, em 1993, tomou posse com três secretários oficializados. Mas a situação de Clinton estava mais bem encaminhada do que a de Trump. No segundo dia de governo, o Senado tinha confirmado 24 indicações para o gabinete, restando uma em aberto. A repetição do cenário é praticamente impossível. Se o Partido Democrata mantiver a ;barricada; no Legislativo, a aposta dos lobistas é de que Trump tenha o gabinete completo no fim de fevereiro.
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