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Adolescente abre fogo em escola no México e fere ao menos quatro

Fontes do governo mexicano teriam dito que o suspeito tentou se matar, mas não conseguiu

Um estudante do ensino médio atirou contra quatro colegas de um colégio de Monterrey, cidade industrial do noroeste do México, antes de tirar a própria vida, informaram autoridades do estado de Nuevo León, reportando um ataque inédito no país.

"Fui informado que já retiraram o atendimento médico [ao atirador] porque teve morte cerebral e faleceu", disse o governador do estado, Jaime Rodríguez, ao informar a morte do autor do ataque, cuja motivação se desconhece.

Mais cedo, um porta-voz do grupo de coordenação de Segurança de Nuevo León, Aldo Fasci, havia dito que quatro feridos corriam risco de vida, entre eles o atirador, que atirou contra si, ferindo-se na boca e na caleça, após disparar nos colegas.

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Os outros feridos são "Ana Cecilia Díaz Ramos, ferida na cabeça, 14 anos (...), a professora Cecilia Cristina Solís, de 24 anos, ferida no crânio; Luis Fernando Ramírez, de 14 anos, ferido no crânio, e Manuel Chávez, de 15 anos, que tem um ferimento no braço - ele está fora do perigo", informou Fasci.

O porta-voz da Defesa Civil de Nuevo León, Óscar Aboytes, chegou a reportar à AFP três mortos e cinco feridos no incidente.

"No Colégio do Noroeste, na colônia Paseo Residencial, um menor de idade entrou armado e atirou contra vários colegas", declarou o funcionário, ao informar que após o ataque o jovem tentou cometer suicídio, sem sucesso.

Esta é uma "situação sem precedentes, isso nunca aconteceu", afirmou, por sua vez, à imprensa Aldo Fasci, porta-voz de segurança para Nuevo Leon.

Segundo ele, o autor do ataque, Guevara Elizondo, que era aluno regular do colégio, estava em tratamento psiquiátrico por depressão.

As autoridades ainda não determinaram a motivação para o ataque, mas há um vídeo em que um "menor saca a arma, dispara contra uma professora, depois contra outra criança. Fica um momento apontando para outros alunos e, em seguida, dispara" contra si próprio.

"As crianças têm acesso à internet, a este tipo de coisas que acontecem em outros países. Não temos mais nada a fazer a não ser dar apoio às famílias", disse ele.

A segurança nas escolas é um assunto recorrente na sociedade americana, traumatizada por massacres como Sandy Hook, Connecticut (nordeste), em 2012, no qual 20 crianças morreram.

Já o Colorado não esquece o horror do massacre de Columbine, em 1999, que deixou 15 mortos.