O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, homenageou nesta segunda-feira o líder do movimento pelos direitos civis Martin Luther King ao se reunir com seu filho mais velho, dias após atacar John Lewis, outro ícone dos direitos civis.
"Celebrem o Dia de Martin Luther King e todas as coisas maravilhosas que ele defendeu", tuitou Trump antes da reunião, por ocasião do dia em que os Estados Unidos recordam o nascimento do líder negro. "Prestem homenagem ao grande homem que foi".
Martin Luther King III considerou que o encontro com o futuro presidente, na Trump Tower de Nova York, foi "construtivo".
Trump "disse que vai representar os americanos, repetiu isto várias vezes", revelou King III.
Durante o encontro, os dois analisaram a questão dos direitos eleitorais, que afetam de forma desproporcional os eleitores das minorias.
Os afro-americanos são tradicionalmente eleitores do Partido Democrata, e alguns acreditam que os governadores republicanos buscam limitar sua participação criando determinadas leis eleitorais.
"O ponto de partida do movimento moderno pelos direitos civis foi o direito ao voto", disse o filho de Luther King. "Está muito claro que o sistema não está trabalhando ao máximo".
Este encontro parece um gesto tranquilizador de Trump em relação aos negros americanos, dias após o presidente eleito atacar John Lewis, legislador democrata e um dos líderes pelos direitos civis que ajudaram Martin Luther King a organizar a marcha de 1963 em Washington.
Lewis anunciou que não assistirá à cerimônia de posse de Trump, no próximo dia 20 de janeiro, por considerar que trata-se de um "presidente ilegítimo".
Trump reagiu com vários tuítes, um deles recuperando um dos temas da campanha, segundo o qual os negros americanos vivem em bairros pobres onde não têm acesso à educação e ao trabalho.
"O congressista John Lewis deveria dedicar mais tempo à ajudar seu distrito, que está em situação horrível e caindo aos pedaços, em vez de criticar falsamente os resultados da eleição", escreveu Trump.
Por France Presse