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Cortar fundos dos EUA seria 'extremamente prejudicial', afirma embaixadora

As declarações de Power ocorrem após a apresentação ao Senado americano de um projeto de lei que reduziria o financiamento americano na ONU até a derrogação da resolução do Conselho de Segurança

A embaixadora americana junto à ONU, Samantha Power, advertiu nesta sexta-feira (13/1) que cortar o financiamento dos Estados Unidos às Nações Unidas seria "extremamente prejudicial" para os interesses de Washington, uma semana antes de o presidente eleito Donald Trump assumir o cargo.

Power disse aos jornalistas em sua última entrevista coletiva que "países como Rússia e China" se beneficiariam do enfraquecimento da posição de Washington nas Nações Unidas com a redução dos fundos americanos entregues ao organismo internacional.

"Lideramos o mundo em parte liderando na ONU", declarou Power, que entrega seu cargo na próxima semana após quatro anos como representante dos EUA nas Nações Unidas.
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As declarações de Power ocorrem após a apresentação ao Senado americano de um projeto de lei que reduziria o financiamento americano na ONU até a derrogação da resolução do Conselho de Segurança que exige o fim da colonização nos territórios palestinos.

"Os Estados Unidos precisam da ONU", destacou Power.

Os Estados Unidos são de longe o maior contribuinte das Nações Unidas, respondendo por 22% do seu orçamento operacional, e financia 28% das missões de manutenção da paz, que atualmente custam 8 bilhões de dólares ao ano.

Trump já qualificou a ONU como "um clube para as pessoas se reunirem e se divertirem", e manifestou sua intenção de reduzir o apoio financeiro.