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Embaixada americana em Jerusalém seria 'agressão' contra muçulmanos

Trump prometeu durante sua campanha eleitoral reconhecer Jerusalém como capital e deslocar a embaixada americana de Tel Aviv para Jerusalém

O grão-mufi de Jerusalém alertou nesta sexta-feira (13/1) o presidente eleito Donald Trump que uma possível transferência da embaixada americana em Israel para Jerusalém seria uma "agressão" contra os muçulmanos.

"A promessa de deslocar a embaixada não é apenas uma agressão contra os palestinos, mas também contra todos os árabes e todos os muçulmanos que não vão se calar", disse o grão-mufti Muhammad Ahmad Hussein durante sua oração semanal na Esplanada das Mesquitas.

O grão-mufti, responsável pelos locais sagrados muçulmanos em Jerusalém, incluindo a mesquita Al-Aqsa, terceiro lugar mais sagrado do Islã, fez tais declarações para 30 mil fiéis, segundo a fundação religiosa que administra o lugar.
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Trump prometeu durante sua campanha eleitoral reconhecer Jerusalém como capital e deslocar a embaixada americana de Tel Aviv para Jerusalém.

Se cumprir essa promessa, o magnata romperia com a histórica política americana, que é também a da grande maioria dos países da comunidade internacional.

Muitas vozes se levantaram contra as consequências desta mudança. O secretário de Estado John Kerry alertou para uma possível "explosão absoluta na região".

"A mudança da embaixada violaria os textos e normas internacionais que reconhecem Jerusalém como cidade ocupada" por Israel, disse o grão-mufti.